Agile Manifesto

O Agile Manifesto estabelece, dessa maneira, agile values e os  agile principles fundamentais das metodologias ágeis. Este foi, desse modo, criado em 2001 por um conjunto de 17 signatários.

Na década de 1990 a indústria da criação de software enfrentava, dessa forma, graves problemas. Em outras palavras, os projectos eram normalmente entregues fora de tempo, fora do orçamento e desajustados.

Em Fevereiro de 2001, 17 pessoas juntaram-se no Utah, para discutirem, dessa maneira, a forma como trabalhavam. Contudo, estes 17 profissionais já usavam metodologias ágeis como XP, Kanban Scrum. Por fim, todos perceberam que mesmo usando métodos diferentes tinham fundamentos em comum. Isso, levando-os, assim, a criar o manifesto.

Ainda que tenha sido criado a pensar na criação de software, cedo passou fronteiras e passou a ser usado noutras áreas. Hoje existem, dessa forma, poucas pessoas que possam dizer que não beneficiam de entregas mais rápidas, mais produtivas e informativas. Isto porque cada vez mais a relação com os clientes está mais próxima, pede-se mais vezes feedback e mostra-se mais vezes ao cliente o trabalho em progresso. Tudo consequências, dessa forma, da criação e adopção do manifesto por parte das equipas.

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Valores do Manifesto Agile (Agile Values)

O Agile Manifesto estabelece quatro valores (agile values) orientadores. Eles são:

 

As pessoas e as relações são mais importantes que os procedimentos e as ferramentas

O desenvolvimento de produtos e serviços é, dessa forma feito, por pessoas. Assim, é importante que exista comunicação constante e clara. Isto irá permitir que os problemas sejam resolvidos de uma forma mais fácil. Os procedimentos e ferramentas também são importantes mas devem ser simples.

 

Ter o software a funcionar é mais importante do que ter a documentação completa

O objectivo do projeto é desenvolver um software e só está concluído se este funcionar. É isso que o cliente quer. A documentação é importante para ajudar a usar o software, mas se este não funciona, a documentação de pouco ou nada serve.

 

Colaborar com o cliente é mais importante do que negociar contratos

O cliente deve ser visto como um aliado que deve trabalhar de perto com a equipa para atingir o objectivo e chegar a bom porto. Pensar no cliente como um inimigo só pode dar maus resultados.

 

A capacidade de responder a alterações é mais importante que seguir um plano

O desenvolvimento de software é feito num ambiente muito incerto. Não vale a pena ter um plano muito detalhado e que tem de ser seguido à risca. Deve haver margem para recolher feedback e ajustar as mudanças sempre que necessário.

 

Em suma, estes valores não pretendem negar o valor dos procedimentos, ferramentas, documentação, contratos e planos. Antes, pretendem estabelecer uma escala de prioridades que introduza flexibilidade nos projetos. No fundo, se a equipa não se concentrar no essencial e estiver preocupada com o acessório, o projeto pode sair prejudicado.

 

Princípios do Manifesto Agile (Agile Principles)

O Agile Manifesto estabelece ainda 12 princípios (Agile principles) do método agile. Eles são:

    • Em primeiro lugar, garantir a satisfação do cliente, através da entrega rápida e contínua de software funcional;

    • Em segundo lugar, até mesmo mudanças ao âmbito do projecto que cheguem perto do final do projeto são bem-vindas;

    • Para além disso, software funcional é entregue com frequência;

    • Ainda mais, deve haver uma cooperação constante entre as pessoas que entendem do ‘negócio’ e a equipa;

    • Assim como, os projectos devem ser criados em torno de indivíduos motivados. Ou seja, dê-lhes o ambiente e o apoio que necessitam, e confie porque eles vão conseguir ter o trabalho feito;

    • Mais ainda, o método mais eficiente e eficaz de comunicar para a equipa e dentro da equipa é conversar cara-a-cara;

    • Bem como, ter um software funcional é a principal medida de progresso do projecto;

    • Ainda mais, os processos ágeis promovem o desenvolvimento sustentável. Ou seja, os patrocinadores, programadores e utilizadores devem ser capazes de manter um ritmo constante indefinidamente;

    • Nesse sentido, a atenção contínua à excelência técnica e ao bom desenho aumenta a agilidade;

    • Bem como, simplicidade – a arte de maximizar a quantidade de trabalho não feito – é essencial;

    • Assim como, as melhores arquitecturas, requisitos e projectos emergem de equipas que se organizam por si;

    • Por fim, regularmente, a equipa analisa como pode tornar-se mais eficaz, ajustando depois o seu comportamento.

Conclusão

Em suma, o manifesto foi sem dúvida um marco no desenvolvimento de software. Ele provou que desenvolver software não é seguir uma receita que é igual para todos. No Agile manigesto encontramos os Agile values e os Agile principles que ajudam a desenvolver produtos de forma iterativa e incremental com maior sucesso.

Há uns tempo surgiu uma novo manifesto, conhecido por modern agil. Mas como não é consensual deixamos para si fazer a avaliação desse manifesto.

 

Os signatários

Robert C. Martin idealizou uma reunião com várias pessoas do desenvolvimento de software para discutirem a forma como trabalhavam. O seu principal objectivo era tentar chegar a uma solução para ultrapassar os problemas que a indústria onde trabalhava estava a sofre. No fim apenas apareceram 17 pessoas. A realidade é que mesmo sendo pouco acabaram por mudar o rumo do desenvolvimento de software ao criarem o manifesto agile. Os 17 presentes que são conhecidos como os 17 signatários do manifesto são:

    • Robert C. Martin

    • Ken Schwaber, co-criador do Scrum.

    • Jeff Sutherland, o inventor do Scrum.

    • Kent Back, co-criador da eXtreme Programming (XP).

    • Ron Jeffries, co-criador da eXtreme Programming (XP).

    • Mike Beedle, co-autor de Desenvolvimento Ágil de Software com Scrum.

    • Arie van Bennekum, da Integrated Agile.

    • Alistair Cockburn, criador da Metodologia Agil Crystal.

    • Ward Cunningham, criador do conceito wiki.

    • Martin Fowler, desenvolvedor parceiro da Thoughtworks.

    • James Grenning, autor de Test Driven Development.

    • Jim Highsmith, criador do Adaptive Software Development (ASD).

    • Andrew Hunt, co-autor de O Programador Pragmático.

    • Jon Kern, actua até os dias de hoje em assuntos do ágil.

    • Brian Marick, cientista da computação e autor de vários livros sobre programação.

    • Steve Mellor, cientista da computação e um dos idealizadores da Análise de Sistema Orientado a Objetos (OOSA).

    • Dave Thomas, programador e co-autor de The Pragmatic Programmer.