Scrum

O Scrum é primordialmente uma framework ágil, simples, e empírica de desenvolvimento de produtos e serviços. Em primeiro lugar, é uma framework porque garante uma estrutura sólida que funciona mas não prescreve uma metodologia. Em segundo lugar, é ágil porque está alinhado aos valores do Agile Manifesto. Por fim, é uma abordagem empírica porque os eventos e artefactos promovem oportunidades para inspeccionar e adaptar. Esta abordagem permite assim ultrapassar a complexidade inerente ao desenvolvimento de produtos.

Em resumo, este tem alguns elementos importantes:

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  • Em primeiro lugar, desenvolve os produtos de forma iterativa e incremental em vez de usar uma abordagem sequencial. Assim, a equipa desenvolve versões do produto que são refinadas através de ciclos repetitivos. Da mesma forma, a equipa desenvolve incrementos do produto com valor que pode integrar com a versão anterior do produtos.
  • Em segundo lugar, as equipas auto-organizam em vez de serem hierárquicas.
  • Em terceiro lugar, é uma abordagem empírica. Ou seja, são as equipas que tomam decisões com base na experiência e conhecimento adquirido.
  • Por fim, por as equipas trabalharem fisicamente no mesmo espaço físico, em vez que haver uma comunicação hierárquica, de base escrita e formal. Dessa forma, a comunicação é diária e feita cara-a-cara entre todos os membros da equipa. Uma das faces mais visíveis deste comunicação diária é a daily scrum ou daily stand-up.

Como resultado da sua natureza simples o Scrum é popular. Assim, os estudos indicam que é a abordagem ágil mais usada no mundo inteiro.

Princípio chave do Scrum

Um princípio chave é, dessa forma, o reconhecimento de que os clientes podem, e vão, mudar de ideias. Ou seja, podem mudar de ideias sobre o que querem, como querem e quando querem. Nesse sentido, é de esperar que os requisitos não possam ser geridos de forma tradicional. Ou seja, de forma preditiva ou planeada.

Como resultado, a metodologia adota uma abordagem empírica baseada em evidências. Ou seja, esta aceita que o problema não pode ser compreendido ou definido na sua totalidade.

Por fim, a ideia é maximizar a capacidade da equipa para entregar rapidamente. Contudo, a equipa têm ainda o dever de responder de forma rápida às novas necessidades e de alterações.

As bases do Scrum

O Scrum baseia-se nos princípios e fundamentos da metodologia Agile. Além disso, a abordagem baseia-se num conjunto de valores e princípios que ficaram documentados no manifesto agile, escrito em 2001 e assinado por um conjunto de 17 signatários.

Para que este funcione é essencial que a equipa e todas as partes interessadas compreendam e respeitam a framework, a sua forma de abordar os problemas e soluções. Para isso o trabalho do scrummaster é essencial de forma a explicar à equipa, à organização e a outros stakeholders como se devem e podem comportar e como este funciona.

Por fim, se quiser saber mais sobre desenvolvimento incremental e iterativo, desenvolvimento adaptativo em vez de previsível, timeboxing e comunicação presencial em tempo real, leia o nosso post sobre a metodologia agile.

Para saber mais sobre o conceito de sprint consulte o nosso post sobre sprints.

Pode também consultar o nosso post sobre a metodologia.

Porque se chama Scrum?

Jeff Sutherland criou o processo de Scrum em 1993. Ele começou a usar o termo “Scrum” depois de ver uma analogia num estudo de 1986 de Takeuchi e Nonaka, publicado na Harvard Business Review. Isto porque, nesse estudo, Takeuchi e Nonaka comparavam o alto desempenho de equipas multifuncionais com a formação scrum usada por equipas de Rugby.

Como funciona?

Scrum segue três pilares: transparência, inspeção e adaptação.
As equipas são auto-organizadas e multifuncionais.
O processo inclui:

  • Sprint Planning: define-se o objetivo do Sprint e escolhem-se os itens a realizar.

  • Daily Scrum: reunião rápida, diária, para alinhar o trabalho da equipa.

  • Sprint Review: no fim do Sprint, apresenta-se o trabalho feito e recolhe-se feedback.

  • Sprint Retrospective: a equipa reflete e melhora o processo.

Papéis

Scrum define três papéis principais:

  • Product Owner: gere o backlog e maximiza o valor do produto.

  • Scrum Master: assegura que a equipa segue Scrum e remove impedimentos.

  • Developers: transformam os itens do backlog em incrementos funcionais.

Artefatos

Scrum tem três artefatos fundamentais:

  • Product Backlog: lista priorizada de tudo o que o produto precisa.

  • Sprint Backlog: conjunto de tarefas a realizar durante o Sprint.

  • Incremento: a entrega potencialmente utilizável no final de cada Sprint.

Valores

Scrum promove cinco valores:

  • Compromisso

  • Coragem

  • Foco

  • Abertura

  • Respeito

Estes valores criam confiança e incentivam equipas eficazes.

Quando usar?

Scrum é ideal quando:

  • Os requisitos mudam com frequência

  • É necessário entregar valor de forma incremental

  • Há necessidade de feedback constante

  • A equipa pode trabalhar de forma autónoma e colaborativa

Pode ser aplicado em várias áreas: tecnologia, marketing, educação, saúde, entre outras.

Conclusão

Scrum ajuda equipas a lidar com a complexidade de forma simples e eficiente.
Com ciclos curtos, objetivos claros e melhoria contínua, promove foco, transparência e entregas com valor real.
Adotar esta framework exige disciplina, colaboração e compromisso com os princípios ágeis. 

De seguida sugerimos que veja o post sobre scrum certification e curso scrum master.

Para saber mais sobre a framework sugerimos, desse modo, os seguintes cursos:

Em suma, este artigo apresenta o Scrum como framework ágil. Explica os seus pilares, papéis, artefatos, valores e eventos principais. Indica os benefícios da sua aplicação e quando faz mais sentido usar esta frameowkr  em projetos ágeis.